20 de junho de 2010

NEM SEMPRE A RECEITA DE BOLO É A MELHOR OPÇÃO

Paciente do sexo masculino, 45 anos evoluindo com dor torácica atípica há uma semana. Recebemos no setor de Radiologia uma solicitação de Angio TC para a pesquisa de TEP, diante da queixa atípica resolvi modificar um pouco o protocolo para podermos avaliar a aorta.
Em nosso protocolo habitual utilizamos a infusão endovenosa do contraste com fluxo alto, algo em torno de 4,0 ml/s e definimos o limiar no tronco da artéria pulmonar com aproximadamente 90 HU com pós-limiar mínimo, algo em torno de 4 a 5 segundos em um aparelho de 64 canais. Utilizando pouco contraste (60 a 70 ml), este protocolo opacifica a trama vascular arterial pulmonar e quase não opacifica a aorta. Até aí, isso é muito eficiente para a pesquisa de TEP, no entanto não gosto muito deste protocolo, pois de certa forma não avaliamos muito bem a aorta. Uma estratégia para obtermos mais contraste na aorta é aumentar um pouco o volume de contraste e o limiar de disparo (cerca de 150 HU), este "delay" nos dá um pouco mais de contraste na aorta.


Reconstruções paracoronais em MIP (maximum intensity projection).
Estas imagens acima ilustram a trama vascular arterial pulmonar sem falhas de enchimento.

Na próxima imagem, demonstramos a importância de estudar a aorta neste tipo de exame. Não sabemos se realmente os sintomas do paciente estão associados ao achado, mas podemos dizer que podem estar associados e no mínimo o exame serviu para alertar o paciente sobre os riscos futuros para as patologias agudas da aorta.


Projeção clássica da aorta em MIP (candy cane) para mostrarmos o nível da reconstrução multiplanar da próxima imagem.


Reconstrução multiplanar do arco transverso da aorta torácica ao nível da origem da artéria subclávia esquerda, onde observamos na parede anterior espessamento parietal com ligeiro aumanto da densidade na presença de pequena úlcera (seta vermelha).

16 de junho de 2010

INTUSSUSCEPÇÃO, OUTRA? OUTRA!!!

Paciente masculino, três anos evoluindo com dor abdominal. Encaminhada ao setor de Radiologia para realização de tomografia do abdome, após conversa com médico assistente, sugerimos uma mudança na estratégia diagnóstica. Optamos por realizar uma ultrassonografia.



Imagem obtida com Ultrassonografia, transdutor linear de alta frequência ao nível do flanco direito, onde observamos segmento de alça com morfologia de delgado insinuando-se no cecoascendente.



Um pouco mais acima, porém ainda no flanco direito, notamos o sinal clássico do "alvo" no plano trasnverso do cecoascendente, destacando-se múltiplas camadas hipoecoicas interpostas com camadas ligeiramente hiperecoicas, confirmando o diagnóstivo de intussuscepção ileocólica.

12 de junho de 2010

INTUSSUSCEPÇÃO

Paciente do sexo masculino, jovem, com história de dor abdominal intensa.


Tomografia, plano axial pós contraste endovenoso. Observamos distensão de alças intestinais com morfologia de delgado (seta vermelha), com níveis líquidos (seta amarela) e inclusões gasosas de permeio.


Tomografia, plano axial. Individualizamos linfonodos mesentéricos com aumento das dimensões (seta amarela). Nota-se também, imagem arredondada com formato similar a um "alvo" (seta vermelha) contendo área central hipoatenuante com densidade de gordura e alguns focos com alta densidade de permeio.


Tomografia, plano coronal. As setas amarelas destacam os linfonodos mesentéricos e a seta vermelha caracteriza melhor a área central hipoatenuante da imagem anterior. Trata-se de uma Intussuscepção intestinal, onde o segmento em questão telescopa o segmento intestinal adjacente determinado semi-obstrução / obstrução intestinal.

11 de junho de 2010

Entrando em clima de Dia dos Namorados....




"Kissing Tonsils"

Imagem axial de TC com contraste do pescoço evidencia tonsilite aguda bilateral (setas), com baixa densidade na região central, obstruindo quase que completamente a via aérea da orofaringe. Inesquecível!


SESSÃO CIENTÍFICA - HJV

Mais uma vez realizamos nossa Sessão Científica. Ontem abordamos dois temas importantes para a a prática diária.
Uma das aulas foi ministrada por Dr. Gentil P. Martins Neto que falou sobre as patologias agudas da Aorta com ênfase em armadilhas diagnósticas na emergência, a segunda aula teve a presença do Dr. Nelson Henrique Possídio que falou sobre espondilodiscites com dicas excelentes.

Mais um vez agradecemos o apoio da BAYER na nossa sessão.


Dr. Nelson e Dr. Gentil



Confraternização após a sessão



Fernanda e Nelson, mais uma vez o nosso coffee break estava excelente!

Conforme prometido, postaremos em breve a aula de aorta.

9 de junho de 2010

OFF-TOPIC

Pessoal, saindo um pouco do tema do nosso Blog, conheci um Blog bem legal sobre uma das melhores coisas que existem: comida.
Então, resolvi compartilhar com vocês o endereço.

http://destemperados.blogspot.com/

Divirtam-se e peguem boas dicas de restaurantes!

CARCINOMA DE NASOFARINGE

Sequência T1 pós-gadolínio coronal e axial. Lesão expansiva captante que determina marcada assimetria da nasofaringe (seta). A seta pontilhada destaca a olbiteração do recesso faríngeo (fossa de Rosenmuller). Compare com o lado oposto.

Sequência T2 FatSat axial de cima para baixo. As setas pontilhadas evidenciam o acúmulo de líquido nas células da mastóide: otite média serosa secundária à obstrução da tuba auditiva (trompa de Eustáquio) pelo tumor da nasofaringe. A seta curta destaca a lesão expansiva que determina assimetria da nasofaringe. A seta longa no plano mais inferior revela a presença de linfonodo retrofaríngeo lateral aumentado (de Rouvière).

Em ambas as sequências é possível notar que a lesão encontra-se restrita à nasofaringe, sem extensão para a fossa nasal ou mucosa da orofarínge. Por outro lado, também não se observa invasão do espaço parafaríngeo e tampouco envolvimento ósseo. Por fim, nota-se linfonodo retrofaríngeo homolateral aumentado.

ESTADIAMENTO TN DO CARCINOMA DE NASOFARINGE

T - TUMOR PRIMÁRIO

T1 -
Tumor restrito à nasofaringe.
T2 - Extensão do tumor para os tecidos moles da orofaringe e/ou fossa nasal.
T2a - Sem extensão para o espaço parafaríngeo.
T2b - Com extensão para o espaço parafaríngeo.
T3 - Iinvasão de estruturas ósseas ou dos seios paranasais.
T4 - Disseminação intracraniana e/ou envolvimento de nervos cranianos, hipofaringe ou órbita.

N - LINFONODOS REGIONAIS

Nx - Avaliação de linfonodos não pode ser efetuada.
N0
- Não existe linfonodos metastáticos.
N1
- Linfonodo metastático unilateral com 6,0 cm ou menos em seu maior eixo, acima da fossa supraclavicular.
N2 - Linfonodo metastático bilateral com 6,0 cm ou menos em seu maior eixo, acima da fossa supraclavicular.
N3- Linfonodo metastático maior que 6,0 cm ou na fossa supraclavicular.

8 de junho de 2010

TUMOR TRANSGLÓTICO DE LARINGE

Axial Janela de Partes Moles. De cima para baixo: supraglote, glote e subglote. Na imagem supraglótica vemos a lesão expansiva tumoral na base da prega ariepiglótica direita (Seta amarela). Na imagem em nível glótico, destaca-se a invasão do espaço extralaríngeo, com marcado envolvimento dos músculos em fita e destruição da cartilagem tireóide (Seta pontilhada). No corte axial ao nível da subglote, fica claro o envolvimento dos tecidos moles do pescoço (Seta branca). Note que não há evidência de extensão posterior para o espaço pré-vertebral e tampouco encarceramento da artéria carótida.

Coronal Janela de Partes Moles. Na imagem superior a linha pontilhada revela o aspecto transglótico da lesão, que se extende desde a prega ariepiglótica até o nível da borda inferior da cartilagem cricóide. A seta na imagem inferior destaca o componente extralaríngeo do tumor.

Sagital Janela de Partes Moles. Lesão transglótica de laringe com invasão do espaço extralaríngeo e sem extensão posterior para o espaço prevertebral.

Os 3 posts anteriores dizem respeito ao estadiamento T do tumores de laringe.