Em postagem anterior sobre
Classificação das Dissecções Aórticas fizemos um breve resumo das mesmas. Vale a pena relembrar.
A classificação de Stanford distribui as dissecções nas que envolvem a aorta ascendente a despeito do envolvimento da aorta descendente e as que envolvem apenas a aorta descendente:
Tipo A: Envolvem a aorta ascendente com ou sem envolvimento da aorta descendente.
Tipo B: Aorta descendente apenas.
A classificação de DeBakey apresenta três categorias:
Tipo 1: Ascendente e descendente
Type 2: Apenas a Ascendente
Type 3: Apenas a Descendente
Nas próximas imagens ilustramos uma Dissecção Aórtica tipo B.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8H-r4zL1jRPsxXRe0WthRuE7lNZTQAikrmtwhkZ652gZdf15e_mV0F4EQXRcoHyIz_xdIymit3ZXk83IJhUAXPyIHRMxgGmFK1foLHjZDMP9iIEBhGCgwiZJT7i7oJJiONF98OB_5IQwW/s400/VRT.JPG+)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh9sdWajY1eqiUyBScZgaP-404FrX4_fsv76HxRsz37d8H9CEClMsxCELK4uSzs_cUUjl_xZJ78jZtHKYMpcokQ_IDM2ONi4whPkP1QNdQknseyvLVHjULbh8gADIMKRaLOi-mmSDA_8vzh/s400/ORIGEM+SUBCLAVIA+ABERRANTE.JPG+)
Reconstrução volumétrica e imagem no plano axial evidenciando-se origem aberrante da artéria subclávia direita como o último grande tronco supra-aórtico (variação anatômica). Por definição as dissecções tipo B envolvem apenas a aorta descendente (distal ao óstio da artéria subclávia esquerda, que na maioria das vezes é o último tronco).
Origem aberrante da artéria subclávia direita - seta azul
Lâmina de dissecção - seta vermelha
Luz falsa - seta verde
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwskKrXAbD7GtZIv1MWNvaazcLS_qIK6pEPoV6rSYkRhlLTaywzNn3x5qwBv1bilbwitk8MhOhdkl1dnlLkjJTQUjCgjKLlEmneDeTBfsgvbKzwxRr8VWMGPQfMlzcNvU48xfoGKxbnsYk/s400/MIP+SAGITAL.JPG+)
Reconstrução MIP espesso no plano sagital oblíquo.
Seta azul - origem da artéria subclávia esquerda - A artéria subclávia direita aberrante não aparece nesta projeção.
Seta verde - lâmina de dissecção
Seta amarela - luz falsa
Seta vermelha - luz verdadeira
Geralmente a luz falsa tem maior calibre e possui um regime de pressão maior. Este regime de pressão associado ao enfraquecimento da lâmina intimal faz com que a mesma seja desviada em direção a luz verdadeira, consequentemente a luz verdadeira apresenta menor calibre. Outra característica da luz falsa é o padrão de fluxo que encontra-se lentificado, favorecendo a ocorrência de tombose e de possíveis embolizações distais para ramos que emergem a partir da luz falsa ou mesmo para ramos que emergem da luz verdadeira, desde que exista orifícios de comunicação entre as luzes.
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Tomografia, plano axial.
Seta verde - luz falsa
Seta amarela - trombo mural
Seta vermelha - lâmina de dissecção
Seta azul - luz verdadeira
Seta laranja - orifício de comunicação entre as luzes
Deve-se detalhar a origem dos principais ramos da aorta a partir da luz falsa ou verdadeira, além de demonstrar os possíveis efeitos estenosantes das lâminas de dissecção que podem se insinuar nos óstios, reduzir o calibre dos mesmos e determinar hipofluxo em orgãos distais.
Veja esta imagem abaixo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4DfooFOToPOUrgkLYAe_3TuYlRwQa_GmY91Rw4yMcHDB4U_mnrbJQ54y5bFT3lgCfoGJQqrcHpKWB2JAVgjDaOD7-JSqkqRJFfHv8Bw-mqVNM_EHCnR-rhdkzsmzN-XOftgTmlGCbQrbm/s400/AMS+LUZ+V+E+F.JPG+)
Tomografia plano axial, onde observamos a artéria mesentérica superior (seta amarela) emergindo a partir da luz verdadeira sem evidências de estenose.
Seta azul - luz falsa
Seta vermelha - lâmina de dissecção