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9 de junho de 2010

CARCINOMA DE NASOFARINGE

Sequência T1 pós-gadolínio coronal e axial. Lesão expansiva captante que determina marcada assimetria da nasofaringe (seta). A seta pontilhada destaca a olbiteração do recesso faríngeo (fossa de Rosenmuller). Compare com o lado oposto.

Sequência T2 FatSat axial de cima para baixo. As setas pontilhadas evidenciam o acúmulo de líquido nas células da mastóide: otite média serosa secundária à obstrução da tuba auditiva (trompa de Eustáquio) pelo tumor da nasofaringe. A seta curta destaca a lesão expansiva que determina assimetria da nasofaringe. A seta longa no plano mais inferior revela a presença de linfonodo retrofaríngeo lateral aumentado (de Rouvière).

Em ambas as sequências é possível notar que a lesão encontra-se restrita à nasofaringe, sem extensão para a fossa nasal ou mucosa da orofarínge. Por outro lado, também não se observa invasão do espaço parafaríngeo e tampouco envolvimento ósseo. Por fim, nota-se linfonodo retrofaríngeo homolateral aumentado.

8 de junho de 2010

ESTADIAMENTO T DO TUMOR SUBGLÓTICO (UICC 2002)

T1 - Tumor restrito à subglote.
T2 - Extensão do tumor para a corda vocal, esta exibe mobilidade normal ou prejudicada.
T3 - Fixação da corda vocal.
T4 - Disseminação extralaríngea do tumor.

T4a - Invasão tumoral da cartilagem tireóide ou tecidos que circundam a laringe (traqueia, músculos em fita, tireóide, esôfago).
T4b - Invasão tumoral do espaço prevertebral, do mediastino ou envolvendo a artéria carótida.

TUMOR DE MANDÍBULA - MIELOMA MÚLTIPLO

Axial e Coronal Janela Óssea. Note lesão óssea hipodensa que ocupa grande parte do arco mandibular do lado direito e promove erosão cortical (seta pontilhada). A peça vertebral focalizada também evidencia lesão radiolucente característica do mieloma múltiplo. Paciente de 63 anos com diagnóstico prévio.

Axial Janela Intermediária. Note que a a lesão óssea promove lise cortical.

Axial Janela Óssea. A seta amarela evidencia imagem de reação periosteal não usual em um plasmocitoma de crescimento lento.

Coronal Janela Óssea. As setas evidenciam algumas entre as múltiplas lesões radiolucentes que indicam Mieloma Múltiplo.

VRT. A reconstrução 3D caracteriza o aspecto osteolítico da lesão.

Este caso apresenta aspecto pouco usual para plasmocitoma.

Deve-se lembrar que a osteonecrose pode estar presente em pacientes em uso de bifosfonatos. Neste exame acima descrito, a imagem não tem as características de osteonecrose.

18 de março de 2010

CEFALÉIA! EM QUEM?

Paciente do sexo masculino 29 anos evoluindo com cefaléia constante há cerca de 2 semanas. Optamos por administrar a substância contrastante. A despeito da faixa etária o paciente apresentava discretas calcificações parietais nas porções visibilizadas das artérias vertebrais e sifões carotídeos.



Tomografia com contraste, plano axial, observamos falha de enchimento parcial na artéria basilar (seta vermelha).



Imagem anterior magnificada com melhor caracterização da lesão (seta vermelha).



Plano sagital, ao nível da artéria basilar, onde observamos possível "flap" ao longo da artéria basilar. Wait a minute! Em algum lugar do passado, ouvi uma frase sábia: no ser humano, nada é reto!

Olhe a imagem seguinte.



As setas amarelas demonstram uma linha hipoatenuante que passa ao longo do eixo longitudinal do crânio!!!!!
Simplesmente ou melhor, de forma extremamente complicada: UM ARTEFATO!

Dizem que o ser humano enxerga melhor no plano horizontal, seria por causa das caçadas, talvez para identificar melhor a vítima em um descampado ou talvez para identificar um predador e dar no pé, de uma forma ou de outra, segue a mesma imagem com um giro de 90 graus. O artefato descrito agora encontra-se no plano horizontal.



Ficou mais fácil?

Em quem está a dor de cabeça? Muito legal, não acham?

Segue um link de uma arquivo pdf bem legal que descreve de forma sucinta os principais artefatos em tomografia e como resolvê-los.

Clique aqui para baixar o arquivo.

6 de março de 2010

PANICULITE MESENTÉRICA

Paciente do sexo feminino queixando-se de or abdominal mal definida há cerca de três meses.



Tomografia, plano axial, onde individualizamos adensamento da gordura mesentérica na presená de linfonodos mesentéricos com dimensões limítrofes. Observe o adensamento da gordura adjacente aos vasos e aos linfonodos mesentéricos com fino halo de gordura preservada entre a estrutura e o adensamento, caracterizando o "sinal do halo" (setas). Sinal associado a patologia descrita.



Tomografia, plano coronal com melhor caracterização dos sinal descrito anteriormente.



Plano sagital com adensamento da gordura mesentérica. Vê-se também, uma variação anatômica da origem da artéria mesentérica superior que origina-se conjuntamente com o tronco celíaco (Tronco Celíaco-Mesntérico).

Paniculite mesentérica, também chamada de Mesenterite Fibrosante Crônica, é uma patologia rara de etiologia desconhecida caracterizada por alterações fibrogordurosas do mesentério do intestino delgado. Apresenta associação com inúmeras patologias, dentre elas: Síndrome de Gardner (polipose familiar, Fibrose Retroperitoneal, Linfoma, Tumor Carcinóide, Metástases Gástrica e Colônica, Lipodistrofia de Whipple, Isquemia, Trauma, Cirurgia Prévia...

3 de dezembro de 2009

DIVERTICULITE COMPLICADA

Axial e Sagital Janela de Partes Moles. Múltiplos divertículos ao longo do cólon descendente e sigmóide (Setas). Até 20% dos pacientes com diverticulose desenvolvem diverticulite, sendo o sigmóide o local mais comum.

Coronal Janela de Partes Moles. Além de borramento da gordura pervisceral, evidencia-se coleção organizada (Seta fina) com presença de gás no seu interior, que exibe discreta solução de continuidade com a luz intestinal (Seta curta). Note o intestino sigmóide adjacente (Seta). Diverticulite complicada com abscesso pericólico. A paciente deu entrada no pronto atendimento com dor em fossa ilíaca esquerda e hipogástrio há cerca de 05 dias, com piora progressiva. Este caso se enquadra no Estágio II da Classificação de Hinchey.

Este exame foi realizado após infusão endovenosa de contraste venoso.

Estudo prévio demonstrou que tomografia mulstislice com controle de dose de radiação e sem uso de meio de contraste venoso, oral ou retal tem sensibilidade e especificidade semelhantes ao estudo contrastado e com dose standard de radiação. Vale ressaltar que pacientes com IMC > 35 foram estudados em número reduzido nesta publicação. (Radiology October 2005 237:189-196; Published online August 26, 2005, doi:10.1148/radiol.2371041432 )

Revisão sobre a abordagem destes pacientes pode ser encontrada no link:

http://www.sbcp.org.br/revista/nbr214/P259_270.htm


20 de novembro de 2009

TROMBOSE CRÔNICA DE VEIA PORTA E MESENTÉRICA SUPERIOR

Paciente com entrada no P.A. relatando dor epigástrica. MPR Coronal. Diabética e hipertensa com história prévia de esplenectomia e esclerose de varízes esofágicas. Note a falha de enchimento desde os ramos proximais da veia mesentérica superior até a veia porta (Setas).

MPR Coronal. Além da trombose da veia porta (Seta rôxa), observe circulação colateral pérvia no hilo hepático (Seta azul), que também é visualizada na topografia do mesentério. Note a ausência cirúrgica do baço, os contornos hepáticos lisos e a presença de líquido livre subfrênico à direita.

MPR Sagital. Além da trombose da veia mesentérica superior (Seta amarela), observe a parede das alças intestinais com espessamento parietal concêntrico, achado relacionado ao estado de congestão venosa crônica determinado pela referida trombose (Seta branca).

Axial. Circulação colateral (Seta vermelha) e trombose na transição mesentérica/porta (Seta branca).

MPR Coronal. Advinha o que representa a seta laranja? E a branca? Pois bem, além dos aspectos já descritos, observe como o mesentério exibe aspecto de adensamento linear por conta da congestão venosa a jusante. Além disso, coexiste ascite... e a paciente somente com epigastralgia.

15 de novembro de 2009

FRATURA DE ÓRBITA DO TIPO "BLOW OUT". OUTRA? OUTRA!

Coronal Janela de Partes Moles. Fratura do assoalho orbitário do lado esquerdo com afundamento do fragmento ósseo para o interior do seio maxilar subjacente (Seta Azul). Fratura do tipo "Blow Out". Note a presença de gás no interior da órbita (Setas Amarelas), além de preenchimento do seio maxilar deste lado com material hiperdenso, configurando Hemossinus (Seta Rosa).

MPR Sagital Janela de Partes Moles. Este é o aspecto mais comum da fratura Blow Out do assoalho da órbita. O terço médio/posterior mais delgado do osso não resiste a energia conduzida á partir do impacto direto sobre a órbita, enquanto a porção anterior do assoalho, mais espessa e que corresponde ao pilar de força transverso maxilar superior, resiste ao trauma, conduz a energia de impacto e se mantém íntegra (Seta Amarela).

Axial Janela de Partes Moles. Note a diferença de forma entre o ventre dos músculos reto inferior do lado direito e esquerdo, representados em uma das fotos como as áreas em amarelo e rosa, respectivamente. O lado direito (Amarelo) tem aspecto morfológico elíptico habitual, enquanto no lado esquerdo (Rosa) a forma é algo arredondada. Tal aspecto arredondado pode estar relacionado a injúria muscular e deve ser relatado.

Como em todos os serviços de todos os lugares, a boa e velha lei das séries atacou novamente! Há menos de 2 meses foi postado aqui um caso muito parecido, daí o tempo passa, o tempo voa, e aparece outra vítima de trauma com um achado bem semelhante... acho que vou ficar 15 meses sem ver outro Blow Out.

13 de novembro de 2009

LESÃO PERIAPICAL COM EXTENSÃO E ABSCESSO DE PARTES MOLES ADJACENTES

Coronal Janela de Partes Moles. Coleção de forma irregular com relace periférico adjacente ao processo alveolar do osso maxilar à esquerda (Seta). Note que a lesão situa-se abaixo dos músculos da mímica, promovendo deslocamento lateral dos mesmos.


MPR Oblíquo Janela de Partes Moles. Melhor definição da imagem (Seta), inclusive com discretas inclusões gasosas de permeio.


Coronal Janela Óssea. Adjacente à coleção descrita e em contiguidade com a mesma, observe a lesão periapical pré-molar com ruptura da cortical do processo alveolar da maxila (Seta) . Abscesso de foco dentário.

Pegando uma carona no ótimo post anterior e no clima bucólico da "árvore vascular" do Dr. Gentil, aqui vai minha dica sob a ótica da moderna "Radiologia Verde" (hehehe): FOQUE NA ÁRVORE, ESQUEÇA A RAIZ (NESSE CASO A RAIZ DENTÁRIA) E CERTAMENTE ERRARÁ O DIAGNÓSTICO!!
Neste caso é fácil pensar em Foco Dentário, mas lembrem-se que um foco dentário pode ser causa de Sinusopatias ou até mesmo Celulites Orbitárias, inclusive sem envolvimento sinusal! Por isso, não deixem os dentes pra lá NUNCA!!

7 de novembro de 2009

FOQUE NA ÁRVORE E ESQUEÇA A FLORESTA E CERTAMENTE ERRARÁ O DIAGNÓSTICO!

Paciente idoso com diagnóstico prévio de dissecção aórtica evoluindo com dor abdominal. Referido da emergência ao nosso setor para realizar uma Angiotomografia do Abdome.



Tomografia, plano axial, logo após a origem do tronco celíaco. individualizamos a lâmina de dissecção, com a luz verdadeira (geralmente a menor) que apresenta maior densidade e a luz falsa com menor densidade. Satisfação do diagnóstico. Dissecção aórtica!
Espere um pouco, esta é a causa da dor do paciente?
Não há adensamento da gordura peri-aórtica em toda a extensão deste vaso e o paciente já tinha este diagnóstico. Qual a causa da dor?


Tomografia, plano axial, mesmo nível. A seta azul demonstra hipodensidade em cunha na periferia do baço. Aspecto observado em infartos por embolização. A seta amarela demonstra falha de enchimento em uma das artérias hepáticas. Aspecto compatível com trombo oclusivo. Achados que justificam a dor do paciente.


Plano coronal, MIP espesso (Maximum intensity projection), onde observamos melhor o trombo nas artérias hepáticas (falha de enchimento).


VRT, reconstrução volumétrica, onde observamos a lâmina de dissecção e a amputação das artérias hepáticas ao nível da bifurcação da artéria hepática comum.
Dica: sempre olhe uma angiotomografia de forma ampla e periférica e só após foque na aorta!

3 de novembro de 2009

PAROTIDITE AGUDA

Axial Janela de Partes Moles Sem Contraste. Aumento volumétrico da Parótida esquerda com borramento dos planos gordurosos adjacentes da fascia cervical superficial e do espaço parafaríngeo adjacente. Note a presença de linfonodos reacionais na cadeia IIB homolateral (seta vermelha). O Ducto Parotídeo (de Stensen) encontra-se levemente dilatado e com borramento dos planos gordurosos adjacentes (seta amarela).


Coronal Janela de Partes Moles Sem Contraste. Ducto Parotídeo normal à direita (seta maior), enquanto do lado esquerdo observa-se leve indefinição e dilatação do mesmo pelo borramento inflamatório do plano gorduroso adjacente com espessamento associado leve do platisma (seta pequena). Paciente pediátrico de 3 anos com quadro agudo de possível etiologia viral.

31 de outubro de 2009

COLESTEATOMA DA PARS FLÁCIDA COM FÍSTULA LABIRÍNTICA

Coronal Anterior (Cóclea) Janela de CAI. Material com densidade de partes moles ocupando quase toda a orelha média, com aparente erosão da cadeia ossicular e erosão do scutum (seta), sugerindo lesão colesteatomatosa da Pars Flácida.


Coronal Média (Vestíbulo) Janela de CAI. Além do preenchimento da orelha média e da erosão da cadeia ossicular, evidencia-se falha óssea da parede do canal semicircular lateral com solução de continuidade entre a orelha média e o interior do labirinto (seta).


Coronal Anterior (Cóclea) Janela de CAI. Evidencia-se "falha de continuidade do Tégmen Timpanico". Na verdade essa imagem corresponde ao Hiato Facial do Gânglio Geniculado. Pitfall que não deve ser confundido com erosão óssea do Tégmen, principalmente nas aquisições volumétricas de 0,6 mm de um Multislice. Note que essa falsa erosão do Tégmen é vista na primeira imagem do post. CUIDADO !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Coronal Média (Vestíbulo) MiniIP Invertido. Na imagem do lado esquerdo observa-se a a parede do canal semicircular lateral íntegra. Na imagem do lado direito nota-se a falha óssea que caracteriza a Fístula Labiríntica, complicação de colesteatoma.

20 de setembro de 2009

URETEROCELE

Paciente proveniente da emergência com dor em flanco esquerdo.


TC, plano axial, observando-se dilatação moderada do sistema coletor do rim esquerdo.


Dilatação do uteter esquerdo.


Diminuto foco cálcico relacionado ao ureter esquerdo. Optamos por complementar o estudo com contraste iodado endovenoso (fase excretora).


Note o sinal clássico da "cabeça de cobra"da ureterocele à esquerda. Tomografia Computadorizada. Técnica de Reconstrução - VRT - Volume Rendering.



Note o sinal clássico da "cabeça de cobra"da ureterocele à esquerda com dilatação do sistema coletor a montante. Tomografia Computadorizada. Técnica de Reconstrução - VRT - Volume Rendering.
PS. O diminuto foco cálcico estava relacionado ao interior da terço distal do ureter esquerdo. Aspecto que pode corresponder a diminuto cálculo.