11 de novembro de 2011

TROMBO AE




HEMATOCOLPO E ÚTERO DIDELFO

Paciente do sexo feminino, 12 anos com história de dor abdominal e menarca recente.



Tromografia, reconstrução no plano paracoronal no maior eixo do útero, onde evidenciamos duas cavidades distintas, uma delas (direita) distendida e contígua a coleção na projeção da vagina.

Ressonância magnética, plano para-coronal no maior eixo do útero em sequência pesada em T2


Ressonância magnética, plano para-coronal no maior eixo do útero em sequência pesada em T2

15 de setembro de 2011

ANEURISMA SACULAR DA ARTÉRIA CEREBELAR PÓSTERO-INFERIOR

Paciente jovem do sexo feminino com história de hemorragia subaracnóide.


Angio RM, recontrução MIP, onde observamos aneurisma sacular no segmento proximal da artéria cerebelar pôstero-inferior.

Seta vermelha (Ártéria Vertebral direita).
Seta verde (Aneurisam Sacular).


Ordem dos pinos de baixo para cima:

- Artéria cerebelar pôstero-inferior direita. (PICA)
- Artéria vertebral direita (segmento V4).
- Artéria cerebelar ântero-inferior direita. (AICA)
- Artéria basilar.
- Artéria cerebelar superior direita.

9 de setembro de 2011

VISÃO GERAL E ATENTA

Segue mais um caso de Angiotomografia com a presença de Aneurismas e suspeita de síndrome aórtica aguda em que o achado relacionado aos sintomas foi outro e não o achado cardiovascular.


Tomografia, plano coronal, individualizamos aorta com trajeto sinuosa, notando-se aneurismas na transição tóraco-abdominal da aorta e no segmento distal infra-renal.


Tomografia, plano axial com múltiplos diverticulos no cólon. Há adensameto da gordura peri-cólica fornecendo indícios de diverticulite.

8 de agosto de 2011

TROMBOSE VENOSA CEREBRAL

A trombose venosa cerebral (TVC) é uma causa elusiva, muitas vezes sub-diagnosticada de deterioração neurológica aguda. É uma condição de alta mortalidade (49%).

Pode originar-se de doenças infecciosas ou não-infecciosas. Causas infecciosas ocorrem principalmente em crianças e incluem: mastoidite, empiema subdural e epidural, encefalite, abscesso, celulite de face ou couro cabeludo e septicemia. Causas não-infecciosas são mais comuns em adultos e incluem: trauma (fratura através da parede dos seios paranasais, cirurgia, etc.), compressão tumoral (meningioma, leucemia), estados de hipofluxo sanguíneo (desidratação, choque, ICC) ou de hipercoagulabilidade (policitemia vera, doença falciforme, CIVD, contraceptivos e gravidez). Entretanto, até 25% dos casos são idiopáticos.

A apresentação mais comum é a cefaléia (75%). Déficits neurológicos focais (motor ou sensorial), disfasia, convulsões e distúrbios de consciência ocorrem em 50-75% dos casos, enquanto que papiledema é menos freqüente (12 -43%).

O modo de início dos sintomas é variável. Início agudo é mais freqüente em casos secundários a infecções ou complicações obstétricas, com sinais neurológicos focais associados, enquanto que início crônicao é mais freqüente em doenças inflamatórias, nos casos idiopáticos, ou na ausência de sinais neurológicos focais.

O seio sagital superior (SSS) é o seio mais comumente acometido, seguido pelos seios transverso, sigmóide e cavernoso.Oclusão de veias corticais geralmente ocorre associada a trombose de seio dural associado, e é rara em sua ausência. Trombose da veia cerebral interna (VCI) é um evento menos comum, mas clinicamente devastador. Coágulos na VCI podem se estender e envolver a veia de Galeno ou o seio reto e pode provocar infartos bilaterais na substância cinzenta profunda dos núcleos da base e no mesencéfalo superior.

Hemorragia intracraniana secundária pode ocorrer como conseqüência do aumento da pressão venosa capilar.

A detecção precoce é extremamente importante para diminuir a morbimortalidade. Fatores classicamente considerado como indicador de mau prognóstico são a taxa de evolução de trombose, a presença de coma, a idade dos pacientes (com uma alta taxa de mortalidade em crianças e idosos), a presença de sintomas focal, e a presença de infarto hemorrágico.

Tratamento da trombose do seio é baseado em uma combinação individualizada de medicamentos sintomáticos (anticonvulsivantes, antibióticos, anti-hipertensivos e medicações para reduzir a pressão intracraniana) e antitrombóticos. O tratamento do processo trombótico é controverso, devido aos riscos de sangramento com o uso de anticoagulantes. Trombectomia cirúrgica pode ser prejudicial em um cérebro edemaciado ou com áreas hemorrágicas. O uso de trombolíticos também é controverso, pelo risco de sangramento, embora alguns acreditam que eles pode promover recanalização.

Achados de imagem:

TC: Os sinais do "delta" ou do "triângulo vazio" se relacionam com a aparência de uma área de baixa atenuação dentro do seio rodeado de sangue. O sinal do "cordão" refere-se a veias corticais trombosadas vistas como áreas lineares de alta densidade. Trombose aguda de um seio grande é visto como uma área de alta atenuação em um exame sem contraste.

RM: Os resultados variam com a idade do coágulo. Trombo agudo é isointenso ao córtex nas imagens ponderadas em T1 e hipointensa (desoxihemoglobina) em T2, que pode ser confundido com ”flow void”. Na fase subaguda precoce o coágulo é hiperintenso em T1 e hipointenso em T2. Na subaguda tardia, são hiperintensos em todas as seqüências de pulso.

AngioRM: Presença ou ausência de fluxo.

Fabrizio Ney Silva Oliveira


Tomografia sem contraste plano axial, seio sagital superior hiperdenso.


Tomografia com contraste plano axial, falha de enchimento no seio transverso direito.


Tomografia com contraste plano axial, falha de enchimento triangular na projeção do seio sagital superior (Delta Vazio).


RM plano axial, imagem pesada em T2, sinal iso / hipointenso na projeção do seio transverso direito.


Axial, T1, pós-contraste evidenciando falha de enchimento na projeção da confluência dos seios


Axial, T1, pós-contraste evidenciando falha de enchimento na projeção do seio transverso direito.


Sagital, Gradiente, pós-contraste evidenciando falhas de enchimento na projeção dos seios venosos.


Sagital T1 sem contraste com alto sinal na projeção do seio sagital superior.

29 de julho de 2011

24 de julho de 2011

APENDAGITE EPIPLÓICA PRIMÁRIA


Tomografia Plano Coronal. Seta vermelha individualiza imagem de aspecto digitiforme com densidade similar a da gordura, notando-se discreto adensamento da gordura circunjacente.


 Tomografia Plano Sagital. Seta vermelha individualiza imagem de aspecto digitiforme com densidade similar a da gordura, notando-se discreto adensamento da gordura circunjacente.


Tomografia Plano Coronal. Seta vermelha individualiza imagem de aspecto digitiforme com densidade similar a da gordura, notando-se discreto adensamento da gordura circunjacente.


Apendagite epiplóica é uma condição incomum causada pela torção do apêndice epiplóico ou trombose venosa espontânea de uma veia de drenagem epiplóica.

Clinicamente, a apendagite epiplóica é caracterizada por dor abdominal focal de início súbito, com presença ou não de outros sinais e sintomas detectados através da história e exame clínico ou de exames laboratoriais

Os achados típicos na Tomografia Computadorizada incluem uma massa oval paracolica, principalmente no quadrante inferior do abdome, com atenuação de gordura, com forro visceral do peritônio espessado e infiltração da gordura periapendageana.

Ocasionalmente, coexiste espessamento da parede do cólon adjacente, associado a efeito compressivo. Numa minoria de casos, um centro de alta atenuação ("ponto") está presente no apêndice, correspondendo a uma veia de drenagem trombosada.

O início súbito da dor abdominal focal, na ausência de outros achados clínicos, associado a uma massa paracolica com a atenuação de gordura e inflamação circundante na TC, é a marca principal da apendagite epiplóica.

Em resumo, apendagite epiplóica é uma condição incomum abdominal que raramente é diagnosticada clinicamente, mas tem características muito peculiares na TC que, quando identificados, permitem um diagnóstico por imagem definitivo.

Diagnóstico diferencial:
  • Diverticulite.
  • Infarto do grande omento (usualmente extenso – média de diâmetro 3.5-7.0 cm)
  • Apendicite.
  • Appendagite epiplóica secundária (secundária a processo intestinal inflamatório subjacente - acompanhada por espessamento da parede intestinal, estreitamento luminal, e coleções pericólicas / abscesso / gás e bolhas.

Leitura recomendada: Acute Epiploic Appendagitis and Its Mimics; RadioGraphics 2005; 25:1521–1534.



Fabrizio Ney Silva Oliveira

17 de julho de 2011

SESSŌES PARA PADRONIZAÇÃO DE PROTOCOLOS

Enfim, conseguimos marcar nossa primeira Sessão Científica para padronização de Protocolos. Reunimos nesta última quinta-feira (14/07/2011) boa parte dos técnicos e biomedicos do Serviços de Radiologia dos Hospitais Jorge, Hospital do Subúrbio e Hospital da Cidade. Abordamos os Protocolos de Imagem Cardiovascular com aula ministrada por Dr. Gentil P. Martins Neto.
Agradecemos a presença de todos. Teremos mais algumas reuniões para definições de protocolos em cabeça e pescoço, tórax e abdome.

Agradecemos, também a Bayer por mais este apoio!

16 de julho de 2011

12 de julho de 2011

TROMBO VENTRÍCULO ESQUERDO




Paciente do sexo masculino em pós-operatório de revascularização miocárdica evoluindo com suspeita de mediastinite.
Note a coleção retroesternal com realce periférico (seta vermelha) e o achado incidental de trombo no ventrículo esquerdo.

10 de julho de 2011

ACLS x TC Coronária


The use of multidetector computed tomography (MDCT)
angiography (64-slice scanner) after presentation to the ED
with chest discomfort, a nondiagnostic ECG, and negative
cardiac biomarkers has also been demonstrated to have high
sensitivity and specificity for CAD and ACS.155,156 The use of
MDCT angiography for selected low-risk patients can be
useful to allow for safe early discharge from the ED (Class
IIa, LOE B).

23 de junho de 2011

APENDICITE X MDCT

Veja também, esta postagem com diagnóstico deferencial de apendicite. Link

Diagnostic Performance of Multidetector Computed Tomography for Suspected Acute Appendicitis
Perry J. Pickhardt, MD; Edward M. Lawrence, BS; B. Dustin Pooler, MD; and Richard J. Bruce, MD
+ Author Affiliations

From the University of Wisconsin School of Medicine and Public Health, Madison, Wisconsin.
Abstract

Background: Use of preoperative computed tomography for suspected acute appendicitis has dramatically increased since the introduction of multidetector CT (MDCT) scanners.

Objective: To evaluate the diagnostic performance of MDCT for suspected acute appendicitis in adults.

Design: Analysis of MDCT findings and clinical outcomes of consecutive adults referred for MDCT for suspected appendicitis from January 2000 to December 2009.

Setting: Single academic medical center in the United States.

Patients: 2871 adults.

Measurements: Interpretation of nonfocused abdominopelvic MDCT scans by radiologists who were aware of the study indication. Posttest assessment of diagnostic performance of MDCT for acute appendicitis, according to the reference standard of final combined clinical, surgical, and pathology findings.

Results: 675 of 2871 patients (23.5%) had confirmed acute appendicitis. The sensitivity, specificity, and negative and positive predictive values of MDCT were 98.5% (95% CI, 97.3% to 99.2%) (665 of 675 patients), 98.0% (CI, 97.4% to 98.6%) (2153 of 2196 patients), 99.5% (CI, 99.2% to 99.8%) (2153 of 2163 patients), and 93.9% (CI, 91.9% to 95.5%) (665 of 708 patients), respectively. Positive and negative likelihood ratios were 51.3 (CI, 38.1 to 69.0) and 0.015 (CI, 0.008 to 0.028), respectively. The overall rate of negative findings at appendectomy was 7.5% (CI, 5.8% to 9.7%) (54 of 716 patients), but would have decreased to 4.1% (28 of 690 patients) had surgery been avoided in 26 cases with true-negative findings on MDCT. The overall perforation rate was 17.8% (120 of 675 patients) but progressively decreased from 28.9% in 2000 to 11.5% in 2009. Multidetector computed tomography provided or suggested an alternative diagnosis in 893 of 2122 patients (42.1%) without appendicitis or appendectomy.

Limitation: Possible referral bias, because some patients whose appendicitis was difficult to diagnose on clinical grounds may not have been referred for MDCT for evaluation of suspected appendicitis.

Conclusion: Multidetector computed tomography is a useful test for routine evaluation of suspected appendicitis in adults.

Primary Funding Source: None.

8 de junho de 2011

OTIMIZAÇÃO PARA CELULARES

A partir de agora o BLOG SCAN (Blog do Serviço de Biomimagem da PROMEDICA) conta com otimização das suas postagens para visualização em aparelhos de celular.

29 de maio de 2011

SINDROME NUTCRACKER

Jovem do sexo feminino com quadro de hematúria recorrente.



Tomografia, reconstrução MIP no plano coronal. Observe o aumento do calibre dos vasos pélvicos e da veia ovariana esquerda (drena para a veia renal esquerda).


Nesta reconstrução no plano sagital, notamos redução do calibre da veia renal esquerda ao transitar entre a artéria mesentérica superior e a aorta. Destaque para o reduzido ângulo entre estas duas estruturas anatômicas.

Tendo em apreço estes achados, devemos considerar, dentre as principais hipóteses, a Sindrome Nutcracker, que pode ocorrer quando o ângulo entre a artéria mesentérica superior e a aorta é igual ou inferior a 22 graus. Isto pode levar a compressão da veia renal esquerda, levando a hematuria devido a ruptura capilar nos cálices renais.


15 de maio de 2011

TROMBO ATRIO ESQUERDO

Com o surgimento dos novos aparelhos de tomografia com múltiplas fileiras de detectores e a melhora na resolução temporal e espacial, cada vez mais podemos avaliar o coração e os vasos da base em tomografia de tórax realizadas para suspeitas diagnósticas não cardiológicas, no entanto durante uma avaliação do tórax devemos incluir o coração como parte da rotina radiológica. Neste caso individualizamos uma falha de enchimento hipoatenuante que pode traduzir trombo no interior do átrio esquerdo (auriculeta).


Plano axial

Plano Coronal

Plano sagital

HERNIA INTERNA

Seguem duas imagens de tomografia computadorizada, uma no plano axial e outra no plano coronal que evidenciam um sinal frequentemente associado a hérnia internas. O sinal do redemoinho. Observem o padrão espiralar dos vasos mesentéricos e das alças intestinais. Vê-se também, alças intestinais na projeção da goteira parieto-cólica direita, achados que fornecem indícios do diagnóstico em questão.


Segue o link de uma boa revisão sobre o tema na Radiographics.
http://radiographics.rsna.org/content/25/4/997.full

17 de abril de 2011

Complicações torácicas de colagenose


A doença mista do tecido conjuntivo (DMTC) é caracterizada por uma “mistura clínica” das principais desordens reumatológicas, incluindo lúpus eritematoso sistêmico , esclerodermia, polimiosite, artrite reumatóide e a síndrome de Sjogren.

Complicações torácicas mais comuns incluem as pneumonias intersticiais e a hipertensão pulmonar.

As pneumonias intersticiais podem preceder a apresentação clínica da doença do colágeno de três meses até cinco anos, geralmente com padrão de pneumonia intersticial não-específica ou, agudamente,com padrão de dano alveolar difuso.

Semelhante à forma idiopática, o padrão de pneumonia intersticial não-específica na doença do colágeno tem melhor prognóstico do que o padrão de pneumonia intersticial usual.

Neste paciente portador de DMTC nota-se envolvimento pulmonar com padrão de pneumonia intersticial usual (distorção da arquitetura pulmonar com faveolamento, reticulado, bronquiectasias, bronquiolectasias, predominando nas bases) apresentando como complicação pneumomediastino com extensão cervical.

Veja também o aumento do tronco da artéria pulmonar com 3,7 cm (VN até 2,9 cm).