




VRT. Note o aspecto de hiperdensidade da lesão (Seta) que indica matriz de osso compacto. A seta curta determina a base de implantação da lesão.
Osteoma Gigante com invasão orbitária em um paciente da quinta década, sexo masculino e com história de dor ocular nos últimos 10 anos que se iniciou após trauma. Os sintomas vem piorando paulatinamente, com redução do campo visual temporal e limitação à mobilização do globo ocular, notadamente no movimento lateral, onde o paciente refere dor.
Este é um daqueles casos que demoram muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito para aparecer. Porque? Porque além de ser um osteoma gigante (coisa incomum) que invade a cavidade orbitária (mais incomum ainda), ele tem como aspecto muito muito pouco usual o fato de não exisitir nenhum envolvimento de seios paranasais. Este é um osteoma com crescimento completamente exofítico em relação aos seios paranasais. Raro.
Obs: Como ainda não foi realizada cirurgia, este é um diagnóstico presuntivo com base na história clínica e nos achados de imagem. Pretendemos realizar o segmento do caso.
Para uma boa revisão...
http://www.abonet.com.br/abo/706/1024-1028.pdf
de 0,01 a 3%(5-6), ocorrendo mais na terceira e quarta décadas de vida
(média= 38,4 anos)(3), ou quinta e sexta décadas(3,5,7-10).
A dor é o sintoma mais freqüente, geralmente localizada na face (70%)
ou região frontal, surgindo após 6 meses a 3 anos de crescimento tumoral.
Parece que o osteoma se desenvolve sobre a junção do osso frontal, de
origem membranosa e do osso etmoidal, de origem endocondral. Entretanto,
a etiologia embrionária como causa isolada dos osteomas do seio frontal
é pouco provável, uma vez que a localização destes tumores na junção
destes ossos é encontrada em apenas 10% a 20% dos pacientes(5).
Além da etiologia traumática e embrionária admite-se a teoria genética
e infecciosa. Na teoria genética existe a possibilidade de participação de
um padrão de penetrância, expressividade e dominância desconhecidos
pela ocorrência de osteomas múltiplos na síndrome autossômica dominante
de Gardner, na comunidade Mórmon de Utah(11-12).
A etilogia infecciosa é discutida devido a 30% dos pacientes com
osteoma apresentarem infecção sinusal. Entretanto, alterações infecciosas
crônicas da mucosa como causa do osteoma são altamente questionáveis,
podendo ser conseqüência do osteoma e não sua causa(10-11,13).
A invasão orbitária é relativamente incomum, ocorrendo em 0,9% a
5,1% dos casos(5,7-16). Quando invadem a região da fossa lacrimal, podem
simular ou evoluir com quadro de obstrução das vias lacrimais, condição
que é pouco freqüente(17).
Obs: Como ainda não foi realizada cirurgia, este é um diagnóstico presuntivo com base na história clínica e nos achados de imagem. Pretendemos realizar o segmento do caso.
Para uma boa revisão...
http://www.abonet.com.br/abo/706/1024-1028.pdf
Osteoma do etmóide com invasão orbitária: relato de três casos e revisão da literatura
Clodomir Salgueiro Cordeiro de Carvalho1
Silvana Artioli Schellini2
José Vicente Tagliarini3
Vitor Nakajima4
Maria Aparecida Domingues5
Arq Bras Oftalmol. 2007;70(6):1024-8
crescimento lento e ilimitado, etiologia desconhecida, podendo estar associados
a traumas prévios (5 a 29%); afetam mais comumente o nariz e os
seios paranasais, sendo mais comuns nos seios frontal (57%) e etmóide e
acometendo mais raramente os seios esfenoidal e maxilar(1-4).
Ocorre mais no sexo masculino 2:1 - 3,75:1, com incidência variávelClodomir Salgueiro Cordeiro de Carvalho1
Silvana Artioli Schellini2
José Vicente Tagliarini3
Vitor Nakajima4
Maria Aparecida Domingues5
Arq Bras Oftalmol. 2007;70(6):1024-8
INTRODUÇÃO
Osteomas são tumores benignos raros, lesões ósseas encapsuladas decrescimento lento e ilimitado, etiologia desconhecida, podendo estar associados
a traumas prévios (5 a 29%); afetam mais comumente o nariz e os
seios paranasais, sendo mais comuns nos seios frontal (57%) e etmóide e
acometendo mais raramente os seios esfenoidal e maxilar(1-4).
de 0,01 a 3%(5-6), ocorrendo mais na terceira e quarta décadas de vida
(média= 38,4 anos)(3), ou quinta e sexta décadas(3,5,7-10).
A dor é o sintoma mais freqüente, geralmente localizada na face (70%)
ou região frontal, surgindo após 6 meses a 3 anos de crescimento tumoral.
Parece que o osteoma se desenvolve sobre a junção do osso frontal, de
origem membranosa e do osso etmoidal, de origem endocondral. Entretanto,
a etiologia embrionária como causa isolada dos osteomas do seio frontal
é pouco provável, uma vez que a localização destes tumores na junção
destes ossos é encontrada em apenas 10% a 20% dos pacientes(5).
Além da etiologia traumática e embrionária admite-se a teoria genética
e infecciosa. Na teoria genética existe a possibilidade de participação de
um padrão de penetrância, expressividade e dominância desconhecidos
pela ocorrência de osteomas múltiplos na síndrome autossômica dominante
de Gardner, na comunidade Mórmon de Utah(11-12).
A etilogia infecciosa é discutida devido a 30% dos pacientes com
osteoma apresentarem infecção sinusal. Entretanto, alterações infecciosas
crônicas da mucosa como causa do osteoma são altamente questionáveis,
podendo ser conseqüência do osteoma e não sua causa(10-11,13).
A invasão orbitária é relativamente incomum, ocorrendo em 0,9% a
5,1% dos casos(5,7-16). Quando invadem a região da fossa lacrimal, podem
simular ou evoluir com quadro de obstrução das vias lacrimais, condição
que é pouco freqüente(17).