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10 de janeiro de 2010

MALFORMAÇÃO ARTERIOVENOSA

Paciente do sexo feminino, jovem, nos procurou com pedido de Angiotomografia da Face. Estranho, não é todo dia que chega este tipo de pedido. No entanto é fácil entender o motivo do exame ao ver esta reconstrução volumétrica. Trata-se de uma paciente do sexo feminino com história de tumoração na região peri-orbitária e frontal a direita.


Neste exame podemos notar a diferença entre o pedido e o exame realizado. Exames da Radiologia Cardiovascular merecem atenção do Médico Radiologista. Não são "receita de bolo". Se tivéssimos feito angiotomografia da face, certamente teríamos que retornar a paciente para refazer o exame.

Malformações arteriovenosas são lesões de fácil identificação, porém extremamente complexas em determinar quais são os ramos vasculares que alimentam a fístula e os ramos que drenam a mesma. Outra característica de grande importância é que o exame angiotomográfico é um exame estático!
Em outras palavras necessitamos de aquisições adicionais e com maior área de cobertura para identificarmos a origem dos vasos. Neste caso ampliamos a área de aquisição, o que foi fundamental para identificar o ramo nutridor.


Reconstrução volumétrica, onde identificamos um grande ramo arterial com origem na artéria carótida externa direita (seta vermelha) que alimenta a malformação arterio-venosa e os ramos venosos que drenam a maior parte da mesma (veia jugular externa - seta azul). As setas lilás e verde demonstram a veia jugular interna e a malformação propriamente dita respectivamente. Coexistem drenagens venosas para veias oftálmicas e veias superficiais da calota craniana (não evidenciadas no presente estudo).


Reconstrução volumétrica. Ramo arterial de grosso calibre com origem na artéria carótida externa direita (seta vermelha). Ramos venosos que drenam a maior parte do fluxo vascular para a veia jugular externa.

Malformações arterio-venosas são sempre um desafio, seja no diagnóstico, seja no tratamento. O que podemos fazer enquanto radiologistas é um exame o mais completo possível com o maior número de reconstruções na tentativa de identificar a maior parte dos ramos que alimentam e drenam esta patologia.